Ao final de 2015, eu precisava decidir de sairia de um emprego público no qual estava a quase 6 anos. Eu sabia dos benefícios de estar num órgão público, mas também sabia das oportunidades do mercado de TI – Tecnologia da Informação. Eu estava dividido. Uma confusão tomava conta de mim sobre decidir se partiria para a iniciativa privada.
Eis que lembrei de uma ferramenta muito útil sobre a congruência de uma meta. Congruência significa se a meta está realmente alinhada com seu momento de vida, com suas expectativas. A ferramenta é a Matriz de Perdas e Ganhos. Ou, como prefiro chamar, Matriz de Ganhos e Perdas.
Ao buscar uma meta, não temos apenas ganhos, mas também podemos ter perdas. E se não buscarmos a meta, mesma coisa. A ideia central desta ferramenta é tornar consciente os ganhos e perdas de buscar ou não uma meta.
Template da Matriz de Ganhos e Perdas
Confira o modelo a seguir, faça o download do template e preencha cada seção. Após isso, decida sobre buscar a atingir ou não a meta.
The Ivory Tower Syndrome happens when top management decisions are disconnected from the reality of the organization. Enterprise Agile Coaches are in the Ivory Tower when they are dealing with agile transformation decisions without spending time in the Gemba.
Gemba means factory flood in Lean manufacturing, which means where the Value Stream are really happening. If you are not looking into the place where the root problem is happening, it’s not easy to find a proper solution. Otherwise, are you working on plans and presentations? Thinking about process and tools? Hum…
I have been working as an agile coach since 2013. So in 2018, I worked as an Enterprise Agile Coach for six months. I was happy in the beginning, very hopeful to make impact in the organization. In the midst of it, I realized I was working mostly with managers, leadership, surveys, organizational assessments, that I was in the Ivory Tower. Ouch. That hurts. I was not happy, but hopeful. So when I perceived all that plans were not really happening, I felt being like a failure, then I had to ask to leave.
To avoid the the Ivory Tower Syndrome, the Enterprise Agile Coach must go to the Gemba. Not just going, but working on there with individuals and teams.
I believe the name Enterprise Agile Coach is wrong. Agile is about individuals and interactions. Coaching is about unleashing the best version of individuals and teams. It is a kind of contradictory having this name when the role is working far away from the value stream. Maybe the name Agile Transformation Consultant/Mentor/Specialist can be much better.
So there on the top where the Enterprise Agile Coach most works, in the Ivory Tower. Unless they are going to the Gemba.
There’s a Zen quote I remember about it.
“From the pine tree, learn of the pine tree; And from the bamboo, of the bamboo.”
Matsuo Bashō, Japanese poet
From the teams, learn of the teams. It doesn’t matter how much assessments, surveys, the Enterprise Agile Coach works on.There is no better assessment than going to listen to the teams and understand things that cold assessments would never tell.
2019 está quase aí, e você já está se planejando sobre o que busca alcançar no próximo ano? Ou vai esperar março começar para reagir, e entrar no piloto automático até o próximo ano acabar?
Diariamente pela manhã, antes de beber a sua primeira xícara de café, pergunte-se: “Vale a pena viver e beber essa xícara de café?”.
Café sendo passado na manhã de hoje 2 de setembro de 2018. Perceba o vapor sobre o bule de café.
Por eu estar escrevendo neste momento, a minha resposta óbvia é sim, vale a pena viver. Vale a pena viver para apreciar um café. Dica: nunca faça essa reflexão com café ruim. Porém é muito mais que isso. Vale a pena viver pelos pequenos momentos que a vida proporciona. Você ainda consegue respirar naturalmente? Pode beber um café? Comer um alimento sem qualquer ajuda? Aprecie. Posso afirmar que nenhuma vida é perfeita, o que vale é focar no que há de bom. É uma escolha.
Por diversos meses durante um período sabático entre 2017 e 2018, eu me questionava quase todos os dias essa reflexão. Lendo, estudando, relendo e praticando o itens do Manual de Epiteto (O Enquirídio) em 2017, eu me tornava muito pensativo sobre a minha vida. Epiteto, dentre Sêneca e Marco Aurélio, para mim foi o maior exemplo dos estóicos, e seus ensinamentos podem parecer extretamente pesados.
Esse exercício vem do post Should I kill myself or have a cup of coffee? The Stoics and Existentialists agree on the answer de Massimo Pigliucci, um estóico e professor de filosofia da City University of New York. A resposta é “Grab a cup of joe, and focus on appreciating and creating meaningful relationships, projects to pursue, useful things to contribute to others, and things to learn for yourself (Pegue uma xícara de café, e foque em apreciar e criar relacionamentos significativos, projetos a realizar, coisas a contribuir para outros, e coisas a aprender para si próprio)”.
Como um exercício estóico relacionado, busque não reclamar de nada no seu dia. Nem de nada, nem de ninguém, nem de qualquer coisa. A responsabilidade da tua vida é exclusivamente tua, de mais ninguém. Reflita e melhore o que puder em si próprio. O que você foca, expande. Você fez a escolha.
Início do caminho de Santiago de Compostela, 2016. Ponte de D. Luís, Porto, Portugal.
Você lembra de alguma situação no seu passado que você precisou ter força e coragem para enfrentar alguma oportunidade que era tudo o que você queria naquele momento?
Lembro do trecho da música Lose Yourself do Eminem:
Look, if you had, one shot, or one opportunity To seize everything you ever wanted. In one moment Would you capture it, or just let it slip?
Veja, se você tiver, uma chance, ou uma oportunidade Para aproveitar tudo o que sempre quis. Em um momento Você capturaria isso, ou apenas deixaria isso escorregar?
Então se você sente que está na hora de aproveitar aquela oportunidade…
Você precisa dar aquele pulo!
Existe uma energia necessária para dar o impulso, na mesma ideia da energia de ativação em reações químicas. Depois que você dá o impulso, não tem mais como parar. Você entra no estado de Flow, perde a noção de tempo, e descobre que você é capaz de fazer muito mais coisas do que achava que poderia, que teus limites são muito menores do que pareciam ser.
Acredito que já dei muitos desses pulos na minha vida. Certamente gera um estresse, às vezes até maior do que eu imaginaria. Porém a vontade de fazer algo incrível é maior. A a frustração de não iniciar algo seria maior do que o próprio estresse. E mais, o resultado de dar aquele pulo pode ser muito melhor do que você imaginaria! Normalmente é!
El Camiño
Desde 2015 queria realizar o caminho de Santiago de Compostela, conhecido como El Camiño. Em 2016, eu tive a oportunidade. Eu tinha tempo suficiente de férias e dinheiro para isso. Minhas férias começariam na quinta-feira, meu aniversário. Comprei as passagens na segunda-feira, mochila, roupas e utilidades para caminhar na terça e quarta-feira, e na quinta-feira peguei o avião para Portugal, Lisboa. Passei meu aniversário viajando, sem ter qualquer abraço de aniversário pela primeira vez na minha vida.
De Lisboa ao Porto fui de trem, sendo que eu não sabia como iria fazer essa viagem. Cheguei no Porto às 1h da manhã, sem hotel reservado, porém consegui um hotel. Acordei de manhã e comecei meu caminho de Porto a Santiago de Compostela na Espanha. A primeira foto desse post é na ponte de D. Luís, início do El Camiño.
Caminhei pela Costa portuguesa, caminhando ao lado do oceano diariamente. Depois de cinco dias, segui pelo caminho principal português, até Santiago de Compostela na Espanha. Foram 9 dias caminhando 200Km, sem saber exatamente onde eu posaria a cada noite, onde eu encontraria comida para me alimentar. Era na época entre Natal e Ano Novo, quase tudo estava fechado. Inclusive, uma família portuguesa me convidou para almoçar com eles no dia de Natal, pelo fato de eles saberem que não haveria nada aberto nas próximas horas caminhando. Obviamente eu aceitei. Comi bacalhau com a comida tradicional deles, com vinho e muitas sobremesas.
Final do El Camiño. Catedral de Santiago de Compostela, Espanha.
No último dia do ano, véspera de Ano Novo, eu estava em Santiago de Compostela. Caminhei com cerca de nove bolhas no pé, perdi três unhas do pé, minha ceia de Natal foi sozinho num albergue público totalmente vazio, comendo bolacha e bebendo água da torneira. Meu Natal foi totalmente sozinho, pelo fato de que quase ninguém faz o caminho durante o Natal. Porém o Ano Novo foi muito incrível, eu tinha chegado em Santiago de Compostela com diversos amigos peregrinos que fiz durante os últimos dias caminhando. Quando refleti ao final, notei que não foi tão difícil assim como parecia ser. E por mim, continuaria caminhando por mais muitos dias ou meses.
Qual o seu próximo pulo?
A zona de conforto é boa, mas não por muito tempo. A zona de conforto vira zona de desconforto. A mágica acontece principalmente saindo da zona de conforto e desafiando a si próprio.
Lyssa Adkins, em seu livro Coaching Agile Teams, traz diversas dicas para o trabalho de um coach ágil. Um dos capítulos fala apenas sobre “dominar a si mesmo”, porque para ajudar os times você precisa estar em dia consigo mesmo.
Como um coach ágil, você deve estar presente no momento para entender o contexto do que está acontecendo na equipe, poder ver a “big picture”. Para isso, é preciso concentração tendo foco no Agora para saber ouvir, ter certeza no que está falando, falar com clareza, e impactar o time com as palavras. A intervenção de um coach ágil faz diferença no time.
Uma das práticas que ajuda um coach ágil a estar presente no agora é o Mindfulness. Uma prática que gostei bastante é a “Meditação em um Instante” (One Moment Meditation). O vídeo a seguir traz um treinamento rápido para essa técnica.
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